sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

STF abre ação penal contra Azeredo por mensalão mineiro




O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu ontem um processo criminal contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). A partir de agora, o tucano é réu numa ação penal e será julgado por suspeita de envolvimento com os crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Por 5 votos a 3, o STF aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra Azeredo.

Para a acusação, Azeredo teria participado de um esquema de desvio de recursos públicos e de caixa dois na campanha de 1998, quando tentou se reeleger governador de Minas Gerais, mas perdeu para Itamar Franco.

No julgamento, que começou em novembro, foi interrompido por um pedido de vista e foi concluído ontem, prevaleceu o voto do ministro relator, Joaquim Barbosa, para quem houve desvio de recursos de empresas estatais para a campanha do tucano.

Três dos 11 ministros do STF faltaram à sessão de ontem. “Temos comprovadamente a saída de recursos estatais que foram canalizados para uma campanha. Isso está documentado num laudo imenso que consta dos autos”, disse Barbosa. “Não há a menor dúvida de que ocorreram desvios das estatais. Não há menor dúvida de que houve aparentemente uma lavagem de dinheiro”, afirmou.

Carlos Ayres Britto, que integra o STF e preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aproveitou o julgamento para passar um recado: “Caixa dois é um modelo maldito de financiamento de campanha em nosso país.” “Caixa dois é uma desgraça no âmbito dos costumes políticos eleitorais brasileiros”.

Ele observou que o modelo do suposto caixa dois foi usado em outras ocasiões. “O esquema parece até reprise de um filme. Já vimos esse filme, o script e foi um modelo que parece que fez escola. Os protagonistas, o modus operandi, o tipo de benefício, um agente central nesse processo que não entendia nada de publicidade, mas entendia tudo de finanças”, afirmou, numa referência publicitário de Marcos Valério.


Fonte:
Agência Estado



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