quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Responsabilidade de líder



A democracia que a militância do PT e o povo brasileiro querem para o país são as mesmas. Democracia é democracia! Respeita-se as minorias, mas a maioria é que deve prevalecer nas decisões. A ala mais radical do partido é aquela que fica com quem grita mais; com quem dá mais importância para o barulho do que para a organização e o planejamento. Outra parcela, majoritária – como demonstrou a aprovação do indicativo de apoio a Ricardo Ferraço como plataforma da candidatura da ministra Dilma –, consegue entender a importância da gestão pública e por isso leva as instituições que administra ao sucesso, como ocorre em Vitória, Cariacica, Cachoeiro, Colatina, Castelo e Mantenópolis, do mesmo modo que ocorre no governo federal, ou seja, mais técnica, mais política do que grito.

O PT sempre teve atuação nos movimentos populares, sindicais e junto a setores das igrejas comprometidos com a defesa dos direitos humanos. Mas, nesse momento, é a ala do "PT da gestão" que tem ganhado destaque e simpatizantes entre todas as classes chegando também ao eleitor de melhor formação. Tornou-se corriqueiro encontrarmos pessoas que acompanhavam outros partidos e que atualmente votam nos candidatos do PT pelas suas propostas; pelo projeto de gestão. Não adianta ser só do contra, tem que ter argumento, sugestões e ações; isso faz uma cidade, um estado, um país. O PT defende os princípios democráticos desde seus documentos fundadores. As diferenças de idéias sempre tiveram vez e voz, organizadas nas tendências garantidas em seu direito de atuação interna pelo 5º encontro nacional de 1987, diferenciando-se da velha política brasileira, ancorada em "caciques partidários", que sequer consultam as bases em suas decisões. No entanto atacar o presidente Lula pelo esforço de construir uma base ampla para dar sustentação às profundas mudanças sociais, desencadeadas pelo primeiro governo de esquerda no Brasil, é praticar a velha demagogia esquerdista, de quem não tem compromisso com a maioria democrática dos brasileiros, e está com saudades dos tempos em que o PT tinha o perfil do PSOL.

A decisão do indicativo não foi fácil, mas necessária, tomada com a responsabilidade de quem está construindo uma gestão de sucesso. Como reflexo dessa posição, podemos dizer que a liderança de Coser e do PT transcendeu aos muros do partido e se estendeu para toda a população capixaba, inserindo-se no centro das decisões mais importantes do estado e recusando o isolacionismo e radicalismo que contribuiu para ofuscar parcialmente a importância do papel do PT na "reconstrução" do Espírito Santo. Com certeza a minoria insatisfeita tem assegurado o direito de se manifestar amplamente, sobre quaisquer decisões políticas e o próprio prefeito tem manifestado em eventos partidários internos que a decisão sobre o recurso na instância nacional, reafirma a democracia interna do PT. Porém, tentar atribuir à minoria partidária a titularidade da conduta democrática e chamar de autoritária e mandonista a postura da maioria é distorcer a realidade. O fato é que João Coser age em nome do eleitorado de Vitória que consagra elevados níveis de aprovação aos seus governantes, e quer a continuidade da aliança que está colocando o Espírito Santo como modelo de gestão de sucesso no país. Quem tem a maioria na sociedade e do partido não pode ser chamado desrespeitosamente de "mandonista". João Batista Gagno Intra é vereador do PT em Vila Velha.

JOÃO BATISTA GAGNO INTRA
Vereador de Vila velha/ES






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