quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Chery chega ao Brasil com lançamento do Tiggo

Com trinta concessionárias espalhadas pelo País, a fabricante chinesa de veículos Chery aporta no Brasil e coloca todas as apostas sobre o Tiggo, utilitário esportivo, já vendido em outros países. O automóvel conta com um motor Acteco 2.0l 16v, alcança potência de 135cv e torque de 18,2 kgfm a 4.500 rpm. Com preço sugerido de R$ 49.900, a empresa acredita que o veículo vai ganhar espaço entre concorrentes, como o Tucson, o Mitsubishi TR4 e o EcoSport.

O Tiggo traz uma inegável semelhança no design com a segunda geração do Toyota RAV4. Como a beleza é subjetiva, fato é que o Tiggo é proporcional nas formas, sem exageros ou excessos estilísticos. Em uma volta pela cidade de São Paulo, até mesmo a dona de um Ford EcoSport – o principal concorrente do modelo – contorceu o pescoço para identificar o modelo. Quem analisa o Tiggo meticulosamente começa a mudar sua opinião, principalmente se o seu parâmetro de carro chinês é o Effa M100. O estepe, também de liga leve, vai coberto por uma capa de fibra de vidro, o capô é suspenso por dois amortecedores e o tanque de combustível conta com abertura interna.

O esportivo é equipado com sistema de freios ABS e EBD (Distribuição Eletrônica de Frenagem), direção hidráulica, rodas de liga leve aro 16 e faróis de milha. Internamente, traz ar condicionado, air bag duplo, volante ajustável, rack, som com MP3 e aquecedor de bancos. Como item opcional, apresenta estofamento de couro.

Apesar do "encanto" inicial, as portas pedem certa força para fechar. Em contrapartida, a ergonomia da cabine é boa e os botões têm acionamento suave. A única ressalva vai para o plástico do console, que, apesar de não exibir rebarbas e estar bem encaixado, não transmite sensação de grande qualidade. O porta-malas pode abrigar 520 litros de bagagem ou, caso o motorista remova o banco traseiro, a capacidade sobe para 1 965 litros.

Dirigir o Tiggo também nos revela surpresas e alguns pontos que ele ainda precisa melhorar. O propulsor, por exemplo, é elástico e adequado para o uso urbano, apesar da faixa de potência e torque máximos surgirem em rotações altas. Já a transmissão peca no engate das marchas, principalmente na 1ª. De acordo com os testes, o Tiggo acelerou de 0 a 100 km/h em bons 11s4, enquanto as retomadas de 60 a 120 km/h e 80 a 120 km/h foram cumpridas, respectivamente, em 20s7 e 14s5. A velocidade máxima, de acordo com a Chery, é de 165 km/h.

Não foi possível avaliar o Tiggo em situação fora de estrada, mas a suspensão trabalha bem para vencer os buracos, lombadas e valetas da cidade. A direção, em trechos de paralelepípedo, emitia uma vibração nada agradável. Com freio a disco nas quatro rodas, o Tiggo precisou de 44,6 m para parar vindo a 100 km/h, marca que pode ser considerada boa tendo em vista que ele pesa 1 375 kg.

Entre os serviços de pós-venda, a Chery oferece garantia de três anos e disponibiliza um número de telefone com atendimento 24 horas, que presta socorro aos motoristas em situações de incidentes. Além disso, caso o veículo precise fazer manutenção por mais de dois dias, nas concessionárias da marca, a empresa libera um carro reserva para o consumidor.

Até o final do ano, a companhia pretende lançar mais três modelos, os compactos Chery QQ e Chery Face e um Sedã chamado de A3 na China, porém, ainda sem nome no Brasil.

Mais fotos click: http://www.autoshow.com.br/news/fotos-e-videos/fotos/cherry-tiggo


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