quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Composição nacional inviabiliza união entre DEM e PMDB no Estado


A manobra elaborada pelo DEM capixaba, presidido pelo deputado Élcio Álvares (foto), de subir em um palanque na eleição majoritária e em outro na proporcional, em 2010, foi vista com desconfiança pelos meios políticos. Isto porque as composições nacionais apontam que o caminho do partido é a união com o PSDB e não com o PMDB.

A reunião da cúpula do DEM decidiu que o partido vai continuar caminhando com o vice-governador Ricardo Ferraço, na eleição majoritária do próximo ano, mas de maneira informal. O problema é que Ricardo estará representando no Estado o palanque lulista, ao qual o DEM fará oposição em nível nacional.

Esta posição, que já vinha sendo disseminada pelo presidente regional do partido, estava causando polêmica na nacional e despertado no presidente da sigla, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), o interesse de conhecer mais profundamente o caso. O DEM, que saiu em 2006 de uma intervenção federal, estaria neste sentido indo de encontro aos interesses do partido, o que poderia gerar uma nova punição.

Para tentar resolver o problema, o partido criou uma medida questionável, já que a diferença entre coligação e aliança informal não é bem compreendida pela maioria dos eleitores. Para garantir o palanque oposicionista, o partido pensa em construir chapa de deputados estaduais e federais, que representaria o palanque da oposição nacional.

O problema é que a chapa proporcional que está sendo trabalhada pelo DEM é fraca. Como candidato a deputado federal o partido aposta na candidatura do deputado estadual Theodorico Ferraço, que ficaria impedido se o filho Ricardo Ferraço assumir o governo do Estado em abril. Além dele, a candidatura do secretario de Segurança, Rodney Miranda, à Câmara não fortalece a chapa, devido ao desgaste causado pela ineficiência das ações da pasta.

Já na disputa à Assembleia legislativa, os deputados estaduais do partido, sobretudo o presidente da Casa, Élcio Álvares, precisa do apoio do palácio Anchieta para garantir a reeleição. Como os demistas do País estarão no palanque da oposição, os capixabas não poderiam subir no palanque de Ricardo Ferraço.

Além disso, o partido não tem grandes atrativos para agregar outras siglas para montar uma frente partidária forte, além do tempo de televisão. Com a falta de quadros fortes e sem a simpatia da população, o partido fica prejudicado. De qualquer forma, terá que obedecer a decisão da nacional e se coligar com o PSDB, como vem sendo determinado aos diretórios regionais.



Fonte: Século Diário

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