segunda-feira, 14 de junho de 2010

Abuso de Élcio: em apoio à diretoria da AL,



Os servidores da Assembleia Legislativa foram surpreendidos, na última sexta-feira (11), por um comunicado da direção da casa publicado no Diário Oficial do Poder Legislativo, com apoio do presidente Élcio Álvares, que fere de morte princípios da democracia: ameaçou tomar providências diante de supostas “graves perturbações provocadas à ordem e à regularidade dos trabalhos na Instituição”, provocadas pelo Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa (Sindilegis). O comunicado, publicado no Diário Oficial, é considerado pela entidade mais uma forma de tentar intimidar os trabalhadores.

Segundo o presidente do Sindilegis, Leandro Machado, a entidade já recebeu mensagens de apoio de diversos movimentos sociais do Estado e de outros sindicatos do País, depois da notificação ocorrida na sexta-feira. O movimento dos servidores continua nesta segunda-feira (14), apesar de eles já terem sido proibidos de colocar o trio elétrico na porta da Assembleia.

Leandro afirma que os servidores vão ocupar a galeria da Casa, já que estão sendo impedidos de ficar nos corredores. “Os servidores estão indignados com o tratamento dispensados a eles, e devem fazer barulho durante as sessões”.

O Sindilegis considera a notificação mais uma prática antidemocrática do pesidente da Assembleia, que já usou de outros meios para tentar pôr fim ao movimento dos servidores. Na última quarta-feira (9), o serviço de disque-silêncio foi chamado para colocar fim à manifestação em frente à Assembleia e os servidores acreditam que o chamado tenha partido de pessoas que se opõem ao movimento. Em defesa deles, ocupou a tribuna o deputado Euclério Sampaio (PDT).

Os trabalhadores da Casa cobram o cumprimento da decisão judicial que repõe a perda salarial de 11,98% dos servidores, bem como o pagamento retroativo do benefício. A medida deveria ter sido colocada em prática em março deste ano. Os servidores do Tribunal de Contas (TCEES) e do Ministério Público do Estado (MPES) e Tribunal de Justiça (TJES) já estão recebendo a reposição, ao contrário do pessoal da Assembleia.

A entidade vai ainda apurar supostas irregularidades com o cartão-alimentação de alguns servidores. Uma comissão foi formada na assembleia realizada na última semana para cobrar e levantar a lista dos servidores. Para apoiar a apuração foram convidados representantes de diversas instituições e entidades, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a seccional capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES), Transparência Capixaba, Ministério Público, Tribunal de Contas e a própria Assembleia Legislativa.

Os servidores também requereram ao presidente da Assembleia, deputado Élcio Álvares, a listagem de todos os servidores, com as funções que exercem, a fim de que seja feita a fiscalização daqueles que comparecem ao serviço.
Fonte. Século diário

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