sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Análise do panorama político atual e a sucessão ao governo estadual.










Unir para avançar

Com muita competência política, em 2002 foi implantado no Espírito Santo um projeto inédito de união de forças políticas para recuperação da credibilidade do estado e da ética pública, a reconstrução de um projeto de desenvolvimento econômico e o combate à corrupção e ao crime organizado. O mentor dessa estratégia, Paulo Hartung, instalou uma nova era na política capixaba.

O PT, que vivenciava um profundo processo de amadurecimento de sua prática políticas de alianças nacionais, diante do desafio real de montar uma base ampla para dar sustentação ao governo Lula, incorporou como valor partidário a importância estratégica de amplas alianças para a governabilidade e a valorização dos parceiros dentro da esquerda, do centro, e até de segmentos do campo conservador.


No Espírito Santo, esse processo foi mais evidente, o PT evoluiu de uma postura avessa às alianças, para a posição de compartilhamento do poder, com Cláudio Vereza ocupando a presidência da Assembléia Legislativa, eleito pela mesma base de sustentação heterogênea do governo de Paulo Hartung.

Nesse processo de amadurecimento, a ação de João Coser, naquela ocasião presidente do PT, teve um papel importante para posicionar o partido à altura dos desafios do momento histórico de reconstrução do Estado e de articulação inovadora da união de forças para sustentá-la. Vale lembrar que um dos passos da reconstrução dependeu da parceria do governo federal , através da liberação dos royalties do petróleo, calçando o processo de equilíbrio das finanças e credibilidade política, contribuindo para o início de um novo tempo para o Espírito Santo. Esse papel pavimentou sua eleição para prefeito de Vitória.

A nova postura, madura e solidária com os aliados e baseada na ética dos compromissos de longo prazo, renovou-se na montagem da sucessão de Paulo Hartung quando, ao invés de defender seus interesses corporativos lançando candidatura própria ou negociando a eleição de um senador petista, priorizou a união de forças e foi decisivo na escolha de Renato Casagrande (PSB) como representante do campo comum de esquerda na coalizão de Reconstrução, abrindo mão inclusive da vice-governadoria ao PSDB para viabilizar o fechamento da histórica aliança.

A ampla aprovação popular dos governos capixaba e nacional indica que o momento histórico é de apoio à continuidade da união de forças vitoriosas que os sustentam. Em nível nacional, isso se traduz no apoio à candidatura de Dilma dentro da base aliada. No Espírito Santo, ao escolher Ricardo Ferraço, que apóia Dilma como sua candidata, o governador cria uma importante base de sustentação, capaz de assegurar a vitória do projeto político nacional e seus aliados. Quem ganha é o Estado, pois os seus principais projetos de desenvolvimento econômico estão amarrados a recursos federais, e se beneficiará com a sinergia política dos dois poderes para acelerar sua execução.

O alerta do ex- presidente da OAB, Agesandro da Costa Pereira, para a constante rearticulação das forças que foram desalojadas após longo período no poder, em aliança com o crime organizado, mostra a importância da continuidade da união das forças que sustentam o Estado rumo ao avanço de seu projeto de desenvolvimento, baseada na ética de compromissos históricos. É preciso pensar grande. Não é hora de divisão dessas forças devido a interesses partidários circunstanciais e ou corporativos. É com este espírito que a eleição de 2010 deve caminhar.




Vereador de Vila Velha João Batista - Babá
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