segunda-feira, 24 de agosto de 2009

“Se não cumprirem o acordo, deixo a política”



O vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal, Paulo Octávio, disse, que discorda da tese de que o governador é o candidato natural à reeleição. "Quando abri mão de ser o candidato ao governo do DF em 2005, obtive de todos os dirigentes do então PFL a garantia de que em 2010 seria apoiado por Arruda. Acredito nisso e em momento algum o governador José Roberto Arruda tem me dito que é candidato a reeleição", afirmou categoricamente. Se o acordo não for cumprindo, o plano B seria o Senado? "Só existe um plano: ser candidato ao governo. Se o acordo for quebrado, só me resta deixar a política. Voltar aos meus negócios e à família que tem tido poucos momentos comigo desde que optei pela política, por um projeto de servir a minha cidade, ao meu País. Como as pessoas que acreditam em mim, que estão comigo neste projeto de construção do Democratas a partir do PFL, vão me encarar se eu desistir?

Paulo Octávio é um homem de fé e, acima de tudo, de princípios éticos e polidos, coisa rara na política. Talvez esta personalidade afável seja o seu maior adversário. Política é feita de cotoveladas e golpes baixos. PO segue as regras da civilidade e em política, às vezes, tem-se que bater abaixo da linha de cintura para se fazer ouvir e respeitar. Que o diga Joaquim Roriz e Arruda(PMDB).

Quanto a possibilidade de Roriz vir a ser candidato ao governo, Paulo Octávio diz que não se escolhe o adversário. "Sou amigo de Roriz mas se tiver que enfrentá-lo nas urnas, faço sem nenhum constrangimento." Analistas apontam que a polarização da campanha será entre o PT e Arruda e que não haverá espaço para uma terceira via, principalmente se o candidato for Roriz. Mesmo estando bem posicionado nas pesquisas hoje, daqui a um ano e meio, sem a caneta na mão ou mandato, dificilmente Roriz terá ampliada a sua base de apoio.

Diante desta incerteza, os rorizistas começam a sinalizar para Arruda de que eles são arrudistas desde criancinhas. O problema é que o PMDB de Tadeu Filippelli não vai passar recibo para Arruda levar o espólio assim tão fácil. Tadeu pode pedir uma intervenção da executiva nacional no Distrito Federal.





Fonte: Jornal Opção.

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