Indicação de Givaldo Vieira para vice abre espaço para vereadores em 2010

Caso se confirme a indicação do presidente do PT estadual, deputado Givaldo Vieira, para o cargo de vice na chapa de Ricardo Ferraço (PMDB), outras lideranças petistas do grupo do prefeito João Coser verão aberto um espaço para alçar vôos mais altos.

Três vereadores da Grande Vitória que vão disputar uma vaga na Assembleia Legislativa disputarão o espaço que será aberto por Givaldo, contando com o apoio de Coser: Alexandre Passos (Vitória), João Batista Babá (Vila Velha) e Roberto Carlos (Serra).

Destes, o que mais se beneficia com a possibilidade de Givaldo não disputar a Assembleia novamente é o presidente da Câmara de Vitória, Alexandre Passos, que está na Capital, mesma base de Coser. O nome do prefeito seria o secretário municipal Eliézer Tavares, mas, como ele não conseguiu se eleger para a Câmara, perdeu a densidade política para disputar a Assembleia.

A expectativa é de que os vereadores consigam o mesmo ganho político que Givaldo teve ao lado de Coser. O prefeito investiu em Givaldo, que de secretário municipal na Serra, nos primeiros mandatos do prefeito Sérgio Vidigal (PDT), conseguiu ingressar na Assembleia, na vaga de suplente, graças a um acordo político entre o prefeito e o governo do Estado.

Também teve uma passagem pela Secretaria estadual de Trabalho e Ação Social e chegou à presidência do PT, depois que outro aliado de Coser, Carlos Casteglione, venceu a disputa pela prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim.

A influência de Coser é tanta que se refletiu na eleição do PT. Diante do racha na corrente lulista “Construindo um Novo Brasil” (CNB), o prefeito investiu também no atual secretário de Trabalho e Ação Social, Tarciso Vargas, que, unido a Givaldo, conseguiu ver sobressair sua proposta para a eleição do próximo ano sobre os outros grupos do partido.

Os novos atores políticos do PT fortalecem a influência do prefeito dentro do partido, da mesma forma que Coser consegue dividir o poder dentro de seu grupo e assim colocar seus interlocutores nas instituições.

Renata Oliveira