quinta-feira, 25 de março de 2010

Mulher é mais seletiva que o homem na hora de paquerar ?





Há muito tempo, cientistas observam que as mulheres tendem a ser mais seletivas que os homens na hora de escolher um parceiro. A explicação mais comum é evolucionária: o fato de que elas investem mais no processo reprodutivo - são as mulheres que passam pela gravidez, parto e amamentação - elas precisam evitar a escolha de um perdedor como pai.


Nos últimos anos, o surgimento de namoros rápidos tem dado a psicólogos, economistas e cientistas políticos novas formas de testar essa e outras hipóteses sobre o acasalamento. Pelo fato de que os participantes podem ser designados aleatoriamente a grupos e não terem nenhuma informação prévia sobre outros participantes, sessões rápidas de paquera de três minutos estão quase tão próximas de um experimento controlado quanto os pesquisadores podem obter. Agora, dois cientistas da Northwestern University publicaram um experimento que desafia a hipótese evolucionária.

O estudo, realizado por Eli J. Finkel e Paul W. Eastwick, foi publicado no mês passado no jornal "Psychological Science".
O experimento observou sessões de paqueras rápidas para determinar quem era mais seletivo, os homens ou as mulheres. A resposta, descobriu-se, é nenhum dos dois. Independente do gênero, as pessoas que foram instruídas a abordar outros parceiros foram menos seletivas - isto é, eles tiveram maior probabilidade de pedir outro encontro mais tarde. Finkel e Eastwick escrevem que isso não significa que os homens foram tão seletivos quanto as mulheres. No entanto, os cientistas sugerem que a explicação para essa diferença reside no condicionamento social, em vez da evolução.

Ao tomar o primeiro passo, uma pessoa ganha confiança e depois acha mais pessoas atraentes, diz a teoria. Culturalmente, espera-se que os homens abordem as mulheres com mais frequência, o que pode turbinar sua confiança e torná-los menos seletivos.
Citando o que os psicólogos chamam de princípio da escassez, Eastwick e Finkel escrevem que "os indivíduos tendem a valorizar menos objetos ou oportunidades que são abundantes em relação aos que não são." Em contraste, dizem eles, as mulheres estão acostumadas a serem abordadas, o que pode fazê-las se sentirem mais desejáveis, portanto mais seletivas.


Fonte.
The New York Times

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