terça-feira, 30 de novembro de 2010

"O mal a caminho do mar”

Mais uma luta desigual em prol da preservação ambiental está se desenvolvendo às portas da residência oficial do governador, sem que ele se preocupe com ela ou mesmo acione seus auxiliares na área para acompanhá-la de perto.

Ela acontece na orla da Praia da Costa, área residencial nobre e ponto de atração turística de inegável importância. Empresas de histórico destrutivo conhecido, capitaneadas pela Vale, estão pretendendo usar a região como ponto de bota-fora de dejetos arrancados do fundo do mar nas obras de dragagem do porto de Tubarão.

Só a Vale irá retirar do leito marinho sete milhões de metros cúbicos de sedimentos altamente tóxicos. A Codesa retirará dois milhões de metros cúbicos e a Nisibra, 1,2 milhão de metros cúbicos.

A soma desse descalabro significará mais de dez milhões de metros cúbico de sedimentos em estado natural impactando uma das mais belas regiões litorâneas da Grande Vitória.

Transformado em estado solto (pelo fenômeno conhecido como efeito empolamento), esse volume de resíduos crescerá para 15 milhões de metros cúbicos.

Todo esse material será despejado a uma distância mínima de seis quilômetros da costa, exatamente em frente à Praia da Costa, em Vila Velha.

A comunidade local, apoiada por grupos de ambientalistas, vem de criar o Fórum Popular Permanente Ambiental para se contrapor ao desastre, já tendo agendado reunião com o Ministério Público Estadual para a próxima segunda-feira (9), a fim de oficializar sua posição contrária ao despejo pretendido.

A comunidade local está perplexa com a omissão do governo diante do grave risco. O presidente da Associação dos Moradores da Praia da Costa (AMPC), Sebastião de Paula, ressalva que a luta da entidade não é contra as empresas, mas contra a omissão do Estado, que a seu ver tem o dever de se posicionar em relação a estes projetos que destroem a vida marinha e terrestre. Palavras dele: "Querem destruir uma cadeia na qual também estamos inseridos e iremos sofrer as conseqüências."


Sebastião de Paula viveu experiência semelhante na década de 1990, quando sedimentos do mesmo tipo foram depositados sem qualquer respeito ambiental ao longo do canal. Ele diz que a associação tem fotos desse desastre, e que esse material não deixa dúvidas quando ao malefício do que se pretende fazer atualmente.

Os dejetos são compostos de lama, argila, metais pesados, pedras e pó de minério, que, ao serem despejados no leito marinho, alteram a morfologia e as características do leito das chamadas áreas de bota-fora.

Muitos outros problemas são provocados por esse tipo de despejo, e eles serão expostos no encontro com o MPE.

Resta aguardar que o mal seja cortado pela raiz e a Praia da Costa volte a viver, despreocupadamente, os momentos comuns a um belo recanto turístico. "

Não peço apenas para ler e comentar aqui no portal - que infelizmente nem todos os simples mortais acessam - leiam e comentem em casa, na escola, na faculdade, mandem cartas aos jornais, páginas de relacionamento, Ministério Público e ao governo estadual.

Se pensam que está ruim, as coisas podem piorar ainda mais se não fizermos nada.

Essa é a hora da verdadeira MOBILIZAÇÂO!

Que as ASCAPES promova uma passeata ou mesmo "piquetes" nas entradas dessas empresas e órgãos, tudo para protestar contra mais esse ATENTADO ao meio ambiente marinho.

Vamos à luta!


OMERTÀ
Caçando fundo, caçando sempre!
homemoceano@hotmail.com
Ou contato por mensagem privada aqui do portal.




Fonte. WWW.guarapas.com.br

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