terça-feira, 19 de outubro de 2010

O MENINO GRANDE TRISTE


Certa vez um menino perguntou ao seu pai a o que era um poeta ? Seu pai encabulado, sem jeito, sem saber o que responder ... Parou , pensou, pensou e acabara por ser esquivar se da pergunta feita por seu filho, com a desculpa de estar atrasado para o trabalho.


Economista de formação e paixão, moderador de seus pensamentos e das leis, lógico de essência, ficara indignado pela indagação de seu filho,dirigindo seu carro se perguntava por que cargas d'águas seu filho viera com essa frescura de poetismo...?


Tentando lembrar-se dos tempos escola, das aulas da professora de literatura, amante de Carlos Drummond e nada sabia definir afinal que era ser poeta... Não admitindo não saber ensinar teu filho, chega ao seu escritório e exclama a sua secretária para não repassar nenhuma ligação, corre direto em direção a sua sala, recorre as prateleiras ao seu antigo dicionário e pesquisa afinal o conceito de ser poeta... Afinal era um palhaço triste? Um malandro que exprime palavras lubrides para algemar ou confortar os corações, com poder mutável de oscilar os sentimentos das pessoas? De fato para sua rara surpresa descobrira que o POETA nada mais é um individuo com caráter idealista, expressando seus devaneios em versos sonoros. Quão difícil tarefa informar ao teu filho de 04 anos, que o tal poeta , nada mais é do que um louco, descrevendo seus sentimentos em versos com ensejo de tocar as almas das pessoas... Pensando dosar suas palavras na transmissão ao seu filho, pois poderia prejudicar a formação de caráter de seu filho, se perdendo na imensidão de idéias de seus mentores.


Envolto num momento de lucidez, decide retornar para casa e responder ao questionamento de seu filho, afinal o que responderia? Que o poeta era um ser lúgubre? Não, deste modo, ele apenas aprenderia uma palavra nova e difícil... Ao chegar em casa se depara com seu filho correndo em sua direçao e ao abraço-lo ;


_ Papai, o senhor já voltou !!!


- Pensativo e indeciso: O que dizer ao filho, usa uma lucarna e diz :


- Filhinho, o poeta é um fingidor apenas, fantasiador, dissimulador!


Aquele menino um dia cresceu e adulto, decide se tornar um poeta finório, com fintar nas palavras do pai enquanto menino. Se torna cético sem saber, sofreu uma grande finta de seus intuitos e já velho nunca descobriu de fato em nenhum dos seus versos, o que era felicidade, amor ... Finário, velho, na malandragem nada mais é que menino grande e triste .


MUITO HOJE EM DIA SE FALA SOBRE EDUCAÇAO , FORMAÇAO DE CARATER DO CIDADÃO, CONTUDO A BASE DO SER HUMANO VEM DE HERANÇA DOS PAIS ,OS FILHOS SÃO DE FATO REFLEXO DOS PAIS , AOS PAIS FAÇO LEMBRETE: LEMBRE-SE QUE HOJE TUDO QUE DISSER E FIZER REFLETER DIRETAMENTE NO CARATER DO SEU FILHO E NAS SUAS ALEGRIAS OU DECEPÇOES FUTURAS QUANTOS A SUAS AÇOES


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