Dos seis prefeitos que o PT tem no Estado hoje, quatro deles vão ter influência na eleição deste ano. Pelo menos nos apoios aos deputados estaduais do partido. A intenção é dobrar o tamanho da bancada na Assembleia, que tem dois deputados.
Os nomes na disputa dentro do partido são muitos e os candidatos trabalham para se viabilizar em suas bases. O apoio dos prefeitos, porém, vai facilitar a vida de alguns deles. Principalmente, se o deputado estadual Givaldo Vieira se consolidar na chapa do vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB), na vaga de vice, abrindo assim espaço para outras lideranças.
Givaldo teve o apoio do prefeito de Vitória, João Coser, na eleição de 2006. Com ele fora do páreo, quem deve ganhar o apoio do prefeito é o presidente da Câmara de Vitória, Alexandre Passos. Ainda em Vitória, o vereador Reinaldo Matiazzi, o Bolão, também vai disputar uma vaga na Assembleia pelo PT.
Em Cariacica, a aposta do prefeito Helder Salomão é na secretária municipal Lucia Dornellas. Nos meios políticos, a petista tem fama de durona e com difícil trânsito na classe política. O empenho de setores do partido na campanha dela estaria, inclusive, causando polêmica, com outro representante dos independentes do PT, o vereador da Serra, Roberto Carlos, que também é um nome forte do partido na disputa deste ano.
No interior, os prefeitos petistas também fazem suas apostas. O prefeito de Colatina, Leonardo Deptulski, o Batata, vai apoiar o ex-presidente da Câmara de Vereadores, Genivaldo Lievori, bem avaliado pela população e bem articulado nos meios políticos. O problema será enfrentar o forte candidato do ex-prefeito do município Guerino Balestrassi, o ex-deputado federal Marcelino Fraga (PMDB).
Em Cachoeiro de Itapemirim, sul do Estado, o vereador Rodrigo Coelho terá o apoio do prefeito Carlos Casteglione e também é uma forte aposta, tornando a chapa petista bastante competitiva.
Sem apoio de prefeitos, mas com a bagagem de cinco mandatos na Assembleia, Claudio Vereza é outro nome que reforça a chapa. Este ano, porém, ele vai travar uma disputa interna com o vereador de Vila Velha, João Batista, o Babá, que divide a mesma base eleitoral.
Mas, para viabilizar estes nomes, o partido precisa superar dois problemas: a atual conjuntura do Estado, com uma política centralizadora e, sobretudo, fugir da pesada coligação com o PMDB. Hoje o PT está isolado nas discussões para as proporcionais, mas vem buscando partidos com candidatos de médio valor de votos para compor uma chapa forte.
Renata Oliveira
Fonte: seculo diário
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