sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

DEM também perde densidade no Espírito Santo para eleição de 2010




Passado o desgaste sofrido pelo DEM (ex-PFL) no Estado, com o escândalo da era Gratz, o partido que sofreu intervenção federal até 2006, tentou se reestruturar. Hoje, porém, nos meios políticos, o DEM capixaba se tornou inexpressivo e, assim como sua representação nacional, deve sofrer desgastes para a eleição deste ano.

O DEM tem a maior bancada na Assembleia hoje, mas não tem nenhuma representatividade capixaba no Congresso Nacional. No Estado, os quadros do partido também não são grandes puxadores de voto e a única vantagem que oferece aos aliados são os cerca de quatro minutos que tem no horário eleitoral.

Para os meios políticos, o partido no Estado é um retrato do que vem acontecendo em nível nacional com a diminuição de sua importância política. Em sua coluna no jornal Valor Econômico, dessa quinta-feira (25), a jornalista Maria Inês Nassif fez uma avaliação da desidratação do partido em nível nacional.

Segundo Nassif, as lideranças locais do DEM “são altamente dependentes de verbas de governo para manter a máquina partidária funcionando e não tem lideranças nacionais capazes de viabilizar um projeto próprio de poder”. Ela destaca ainda que o ex-PFL sempre sobreviveu como apêndice de um projeto político que não era o seu.

Daí a dificuldade de fazer com que o partido cresça. Mesmo depois da tentativa de reestruturação do partido, pelo ex-demista e atual conselheiro do Tribunal de Costas do Estado (TCES), Sergio Aboudib, o partido continua pequeno no Estado. Para a eleição deste ano, as expectativas não são das melhores.

A ventilação de que o partido pudesse lançar um candidato laranja para fugir do palanque do PSDB, PTB e PPS, fechados em nível nacional, prejudicou a imagem do partido. Mas não foi pior do que o escândalo envolvendo o nome do deputado estadual Robson Vaillant, que está afastado das atividades parlamentares por suspeita de rachid em seu gabinete na Assembleia.

Élcio Álvares preside a Casa, mas isso não vai lhe garantir a reeleição. Ele está guindado ao palanque de Hartung, que estará ocupado demais tentando se eleger como o senador mais votado do Brasil, e pode não ter tempo para auxiliar os aliados.

O deputado estadual Atayde Armani teve um bom desempenho no primeiro mandato, sobretudo como representante dos ruralistas na Assembleia. Mas em sua base eleitoral, Linhares (norte do Estado), o mercado está saturado de bons candidatos e ele terá que trabalhar muito para alcançar a reeleição.

Barra de São Francisco, noroeste do Estado, tem dois deputados demistas, mas nenhum deles vai concorrer à reeleição para a Assembleia. Giulianno dos Anjos deve ficar fora do pleito, se preparando para a eleição municipal em 2012, quando disputará a prefeitura do município. Já Luciano Pereira tentará uma vaga na Câmara, mas em uma legenda sem grandes puxadores de votos, terá dificuldade em se eleger contando com os votos da região.

O único do partido que tem chances de se reeleger com certeza é Theodorico Ferraço. Em 2006, ele foi o segundo deputado estadual mais votado do Estado. Este ano estava cotado para ser candidato à Câmara, mas como é pai do candidato ao governo do Estado, Ricardo Ferraço (PMDB), ficou impedido pela legislação eleitoral e vai buscar a reeleição para a Assembleia.

O partido tem ainda o controverso secretário de Estado de Segurança, Rodney Miranda, que não tem grande densidade eleitoral.


Renata Oliveira



Fonte. século diário




Nenhum comentário:

Postar um comentário